Para o homem, não há nada pior do que estar cheio de tesão, chegar na hora H e… xi, nada acontece! O amigo lá embaixo, todo desanimado, parece até estar dormindo. Se acontece uma vez ou outra não há problema — falhar é comum. Mas quando o problema aparece com uma certa constância, é provável que ele esteja passando pela disfunção erétil, ou seja, impotência masculina.
Você está sofrendo com isso? Não tem conseguido transar em paz por medo de broxar? Então, calma. Neste post, eu vou te explicar:
- o que é impotência masculina;
- quais são suas causas;
- quando o problema começa a aparecer;
- o que fazer para resolvê-lo.
Vamos lá?
O que é impotência masculina?
Também chamada de disfunção erétil, a impotência masculina é a incapacidade do homem em conseguir ou manter uma ereção por tempo suficiente para ter uma relação sexual satisfatória. Com isso, ele não consegue terminar o sexo ou termina.
Em muitos pacientes, o problema não se manifesta com a dificuldade em ter ou manter uma ereção, mas na ejaculação ou no orgasmo. Alguns pacientes apresentam ereção, mas sem rigidez suficiente; já outros, mesmo com uma ereção adequada, sofrem de ejaculação precoce.
É importante ter em mente que broxar é algo normal: você pode estar cansado, triste, sofrendo com os efeitos do álcool ou simplesmente não está a fim de transar. Ninguém é uma máquina do sexo. A impotência sexual é caracterizada pela falta de ereção permanente, ou seja, apenas uma falha ocasional não configura o problema.
Quando a impotência masculina começa a aparecer?
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 50% dos homens com 50 anos serão afetados pela disfunção. Isso ocorre porque a porcentagem aumenta em 10% conforme a década de vida do homem: 30% aos 30 anos, 50% aos 50, 60% aos 60.
No entanto, isso não é um diagnóstico de que você terá impotência masculina quando envelhecer. Mesmo com a diminuição da testosterona na terceira idade, ela não ocorre em um nível que exija reposição. Por isso, um idoso pode ter atividade sexual satisfatória, caso esteja saudável, otimista e bem disposto; já um jovem deprimido ou ansioso dificilmente vai ter. Sexualidade não tem padrão.
Mas para que possamos entender bem como a ereção pode deixar de aparecer, precisamos entender como ela acontece.
Como ocorre a ereção?
Da excitação à ereção, ocorre um conjunto de fatores coordenados pelo sistema nervoso autônomo. Como o pênis não é uma estrutura óssea, o que faz com que ele se erga é o sangue. Então, antes de tudo, é preciso que haja um estímulo erótico forte, que será captado pelo cérebro. Esses estímulos se transformarão em impulsos nervosos, que serão enviados ao pênis.
Dentro do órgão, há duas estruturas, que lembram tubos cilíndricos, chamadas de corpos cavernosos. Os impulsos nervosos fazem com que essas estruturas relaxem sua musculatura e aumentem suas artérias, dando mais espaço para o sangue passar. Então, os corpos se encharcam de sangue, ganham volume e pressionam as veias em volta deles, que escoam o sangue no pênis. O líquido fica retido no local e mantém o órgão ereto.
Qualquer falha nesse mecanismo faz o que os médicos chamam de disfunção erétil ou impotência masculina.
Quais as causas para a impotência masculina?
Antes de tudo, é preciso saber que existem dois tipos de disfunção erétil:
- primária: quando o homem nunca conseguiu ter ou manter uma ereção;
- secundária: ocorre em um homem mais velho que anteriormente conseguia ter ereções.
Como você pode imaginar, a secundária é muito mais comum do que a primária. Por trás dela, existem diversos fatores, que podem ser físicos, psicológicos e até genéticos. Olha só:
Problemas circulatórios: para que o pênis fique ereto, é essencial que o sangue consiga circular até a região. Portanto, problemas que atrapalhem a circulação na região, como patologias cardiovasculares (hipertensão e aterosclerose, por exemplo), tabagismo e diabetes podem causar impotência masculina.
Problemas psicológicos ou neurológicos: a insegurança, depressão e estresse atrapalham consideravelmente o desempenho sexual. Também entram nessa lista problemas relacionados ao sistema nervoso central, como esclerose múltipla.
No geral, a impotência masculina pode ser causada por:
- Pressão prolongada nas nádegas e área genital (região do assoalho pélvico), como ocorre ao andar de bicicleta ou a cavalo. Mais comum em atletas de hóquei e ciclismo
- Vazamento venoso (as veias não conseguem impedir que o sangue saia do pênis durante uma ereção, como fazem normalmente)
- Doença de Peyronie (lesão que acarreta tecido cicatricial fibroso dentro do pênis, gerando ereções curvas e dolorosas)
- Sintomas do trato urinário inferior devido à hiperplasia prostática benigna
- Aterosclerose: endurecimento das artérias, incluindo as do pênis
- Distúrbios da medula espinhal, como tumores ou lesões
- Ansiedade de desempenho ou estresse
- Níveis elevados de colesterol e lipídios
- Tratamento do câncer de próstata
- Hipertensão (pressão alta)
- Lesão da medula espinal
- Alguns medicamentos
- Doenças neurológicas
- Distúrbios hormonais
- Radioterapia pélvica
- Baixa testosterona
- Esclerose múltipla
- Doenças cardíacas
- Abuso de drogas
- Lesão no pênis
- Doença renal
- Insegurança
- Obesidade
- Alcoolismo
- Tabagismo
- Depressão
- Diabetes
- Estresse
- Fadiga
E como eu te disse, há também uma questão genética. Segundo a revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), homens com uma variante genética específica têm um risco 26% maior de apresentar impotência sexual em comparação com a população média; já os indivíduos com 2 cópias apresentam 59% mais chances.
Enfim, existem inúmeros problemas que podem causar a impotência masculina — até um relacionamento desgastante pode desencadear o problema. No entanto, os fatores psicológicos funcionam como causa e consequência do problema, num ciclo sem fim, se não houver tratamento.
Como a impotência sexual afeta a autoestima masculina?
Você sabe muito bem como o homem se cobra obsessivamente para ser viril e pegador. Isso, é claro, traz muita cobrança: cada transa deve ser uma demonstração das suas habilidades sexuais, quase um filme pornô! O problema é que isso é extremamente estressante e pode prejudicar muito o desempenho durante o sexo. O que era para ser divertido é ainda mais motivo para estresse.
Mas vamos pensar naquele cara que já está sofrendo com impotência sexual há algum tempo. Ele broxou três vezes em um mês e, só de pensar em transar, já fica estressado. Então, com o cortisol lá em cima, vai tentar uma relação com a parceira e nada acontece. Isso vai minando sua autoestima, transformando até mesmo seu relacionamento em um tormento.
O problema também pode ocorrer quando o homem vai transar com uma mulher por quem ele tem uma consideração especial. Medo de ejacular muito rápido, não conseguir a penetração ideal ou não dar prazer para a parceira impedem até mesmo que o estímulo sexual chegue ao cérebro.
É por isso que a ansiedade pode ser considerada um dos problemas que mais bloqueiam o mecanismo da ereção.
E não vamos nos esquecer das mulheres — elas também sofrem com isso. Para não se sentirem tão diminuídos, muitos homens culpam a parceira pela falta de ereção. E se o problema não é culpa do homem, ele também não é da mulher.
Como tratar a impotência masculina?
Como você viu, existem diversos problemas que podem causar a disfunção erétil. Portanto, antes do tratamento, você precisa entender qual é a causa. Mas vou deixar aqui algumas sugestões de tratamento:
Medicamentos
Os medicamentos voltados a curar a impotência sexual são vasodilatadores, ou seja, eles aumentam o calibre dos vasos e estimulam a chegada do sangue ao pênis.
O Viagra, medicamento mais famoso para combater a disfunção erétil, é composto pela sildenafila, que promove o relaxamento da musculatura dos corpos cavernosos e a dilatação das artérias, facilitando a entrada de sangue e resultando em uma ereção.
É preciso se lembrar que o medicamento não funciona sozinho: você precisa ter um estímulo sexual para que haja a ereção.
Terapia
Ansiedade, insegurança, depressão e vícios muitas vezes são tratados com medicamentos. No entanto, a causa desses problemas costuma ter fundo emocional. Portanto, ter o acompanhamento de um psicoterapeuta pode fazer toda a diferença nos diferentes aspectos da sua vida, incluindo o sexual.
Exercícios para o assoalho pélvico masculino
Você provavelmente já ouviu falar em pompoarismo, prática muito usada por mulheres para fortalecer a musculatura vaginal, mas sabia que homens também podem adotá-lo? O melhor: é possível fazer em qualquer lugar, até mesmo em pé, e sem o uso de aparelhos ou objetos. Você vai ter todos os benefícios do Viagra, mas sem os efeitos colaterais.
Para isso, você precisa começar identificando a musculatura do seu assoalho pélvico. Enquanto estiver urinando, prenda o fluxo — os músculos utilizados para essa atividade serão os do assoalho.
Agora é hora de se exercitar. Comece tirando 10 minutos por dia para segurar e soltar essa musculatura. Faça quantas repetições puder durante esse tempo e vá aumentando gradativamente. Em pouco tempo, é possível perceber a diferença: ereções maiores, melhores e orgasmos muito mais gostosos tanto para você quanto para sua parceira.
Com o tempo, é normal que você queira melhorar seu desempenho e espantar de vez a impotência masculina. E sabe quem pode te ajudar ainda mais com exercícios para o assoalho pélvico? Euzinha! Para isso, preparei um e-book gratuito com exercícios simples para você praticar em casa. Então, faça agora o download e comece a praticar!